O pensamento Paisajeiro

700 palavras 3 páginas
Augustin Berque faz da experiência da “paisagem” um sinal da vontade de recuperação da unidade orgânica entre o “meio” e o “ser humano”. Esta teria sido destruída no mundo ocidental no século XVII no decorrer da revolução científica que determinou a oposição entre o mundo físico e a situação activa do homem enquanto vivência integral no seu mundo. O signo filosófico deste dualismo terá sido René Descartes.

A nossa atitude perante a natureza tem mudado ao longo dos anos. Este livro tem como principal objectivo observar as origens Históricas, literárias e filosóficas das nossas mudanças na atitude perante a natureza que acabaram por resultar muitas vezes em catástrofes naturais que afectam milhões de pessoas todos os anos. Este livro tem o objectivo fundamental de apresentar uma reflexão entre o contraste das atitudes sociais presentes e na antiguidade perante o meio ambiente. Apresenta os vários conceitos sobre a natureza na imaginação humana, apresentando exemplos de todo o mundo para ajudar a compreender a crise ambiental contemporânea no contexto do ambiente.

Concordando com o autor, afirmo que a Paisagem tornou-se assim numa construção que representa a imaginação que temos do mundo natural ideal. De facto, antes do Homem ter a percepção da paisagem como elemento físico e estético, ela seria apenas Cosmofania que, assim sim o termo "natureza" faz referência aos fenómenos do mundo físico, e também à vida em geral mas excluindo a percepção humana da mesma. Na verdade, nenhum outro animal vê beleza na natureza e se questiona acerca dela, beleza apenas existe quando o homem é o sujeito que se encontra num espaço que lhe oferece uma experiência perceptual de prazer ou satisfação. Assim que este sentimento foi sentido pelo primeiro ser humano a Cosmofania passou automaticamente a constituir uma paisagem. As paisagens foram sendo gradualmente alteradas tendo em conta as componentes estéticas que são o resultado dos costumes, valores e necessidades vividas

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