O Pensamento Econômico de Celso Furtado
Resumo Diferentemente do economista neoliberal Eugêncio Gudin, o pensamento de Celso Furtado se constitui em ideias desenvolvimentistas aliadas ao sentimento nacionalista. Furtado foi autor de riquíssimos livros, Raízes do subdesenvolvimento; Introdução ao desenvolvimento; Teoria e política do desenvolvimento econômico; Economia colonial no Brasil nos séculos XVI e XVII; O Brasil pós-Milagre; Brasil: a construção interrompida; e como principal, Formação econômica do Brasil, obra de grande valia para a compreensão da formação da economia brasileira e extremamente necessária para graduação do economista. Seguindo a corrente nacionalista desenvolvimentista, o pensamento econômico desse renomado economista considera como fonte de desenvolvimento a plena participação do estado na economia, principalmente quando o assunto se refere a setores estratégicos como, por exemplo, empresas estatais vinculadas a expansão da infraestrutura; geração e distribuição de energia; transportes; indústria de base e indústria pesada, com isso, em suas concepções essas empresas estatais desenvolvimentistas devem atuar em conjunto para promover a industrialização. Nesse caso, o estado desenvolveria funções mais intensivas do que apenas regular o mercado ou corrigir suas distorções, devendo atuar também como produtor e, além disso, deveria exercer as seguintes funções:
“Atuar diretamente no setor produtivo, por meio de empresas estatais; planejar a distribuição regional e setorial dos investimentos; subordinar a política monetária ao desenvolvimento; promover uma distribuição de renda mais equitativa no sentido de dinamizar o setor de mercado interno; e, controlar o afluxo de capital estrangeiro, para que a dependência financeira excessiva não retire do país sua autonomia na gestão de problemas econômicos fundamentais.”