O Pensador
O livre pensador não é subversivo, como ele pensa que é. Na verdade, ele é um pensador cosmético. Antes que você diga: “Afinal, que absurdo é esse?”, lembre-se de que uma das acepções da palavra cosmos, em grego, é “ordem”. Para os gregos, cosmos é tudo o que ornamenta, embeleza, organiza, oculta ou esconde o caos. Daí “cosmético” ser o adjetivo mais apropriado para designar os produtos de beleza que prometem esconder o caos de rostos e de peles femininas ou masculinas. Nesse sentido, um livre pensador é um maquiador da realidade. Em contrapartida, tal como o pensador subversivo, ele também vê e sabe que o caos está aí, pois ninguém está completamente livre do caos, não é mesmo? Porém, como carece de caráter e sinceridade, o livre pensador acha melhor negar e ocultar a realidade. Que realidade? A realidade de que ele mesmo sabe que não é tão livre assim para pensar. Para livres pensadores, o condicionamento do pensamento é sempre visto como algo aprisionador e destrutivo. Por isso, o argumento que o livre pensador usa é aquele mesmo argumento que os ateus sempre recorrem quando querem opor o pensamento à religião: "dogmas aprisionam o pensamento". Não é à toa que os livres pensadores se dizem livres justamente porque não se veem presos a dogmas, certo?
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