O Pecado Original

Frei Estêvão Nunes op.

O PECADO ORIGINAL

(Uma abordagem psicológica)

Santa Cruz do Rio Pardo - 2008
O pecado original

(Síntese de “Paraíso Terrestre, saudade ou esperança”, de Carlos Mesters)

O autor do Livro do Gênesis, projetando a luz da sua fé sobre as realidades que o rodeavam, constata tantas ambigüidades, situações e comportamentos - tanto no âmbito das pessoas, como das famílias e da sociedade em geral - que deveriam ser o oposto do que são, para levar o ser humano a ser de fato feliz. Deus, que é bom e quer o homem feliz, não pode ter querido e muito menos criado esse mundo aí, do jeito que está. Pois isso contraria a própria idéia de um Deus bom. A partir desta constatação, ele reflete sobre aquilo que de fato Deus Criador deve querer: e aí vem a descrição do Paraíso. Então ele se pergunta: quem é o responsável por essa situação? Se não pode ser Deus, só pode ser o próprio homem. Por isso, é o próprio homem quem deve transformar essa realidade, para que seja o que Deus quer.. A partir de uma conversão. E´ esse o propósito da Bíblia: mostrando a origem do mal, levar os leitores à conversão.

À guisa de introdução

Duas árvores são apresentadas ao homem: a da vida (cujos frutos o homem pode comer), e a do conhecimento do bem e do mal (que é proibida). A escolha é livre: vida ou morte.

Árvore da vida e a árvore da ciência do bem e do mal. Imagem familiar para indicar a Sabedoria, que provém de Deus, e se encontra na própria Lei de Deus. E´ esta Sabedoria que ensina a estrada a ser seguida na vida, e indica os caminhos para seguir o bem e evitar o mal. Mas o homem é livre também para rejeitar a Lei de Deus com a sua Sabedoria, e querer obter por si mesmo a vida e o conhecimento do bem e do mal., seguindo seus próprios critérios e estabelecendo a sua própria lei. É como um homem