O papel da sátira em Voltaire

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O Papel da Sátira em Voltaire A sociedade francesa do século XVIII se caracteriza pela transformação social que marca a transição do feudalismo para o capitalismo. O passado era reino das trevas e o presento o reino das luzes. Voltaire combatia a intolerância, o clericalismo, a propriedade feudal e defendia a razão, a tolerância a liberdade e a propriedade burguesa. Cândido o Otimista, é uma obra literária que se caracteriza pela utilização de uma linguagem simbólica, o autor nunca fala de forma direta, clara e objetiva, utiliza-se de metáforas. É a obra mais conhecida de Voltaire, que foi produzida com a intenção de criticar o otimismo dos pensadores de sua época, satirizando principalmente as ideias do filósofo alemão Leibniz, que afirmava” o mundo é o melhor possível, que Deus não poderia ter construído outro e que tudo corria às mil maravilhas” Pangloss o personagem da obra e filósofo é a corporificação das teorias de
Leibniz, que pode ser percebida claramente no trecho: ”Está demonstrado, dizia ele, que as coisas não podem ser de outra maneira: pois, como tudo foi feito por um fim tudo está necessariamente destinado ao melhor fim. Queiram notar que os narizes foram feitos para usar óculos, e por isso nós temos óculos. As pernas foram visivelmente instituídas para as calças. As pedras foram feitas para serem talhadas e edificar castelos e por isso
Monsenhor tem um lindo castelo; o mais considerável barão da província deve ser o mais belo alojado; e, como os porcos foram feitos para serem comidos, nós comemos porco o ano inteiro: por conseguinte, aqueles que asseveravam que tudo está bem disseram uma tolice. Deviam era dizer que tudo está o melhor possível”. (VOLTAIRE, 1759; p.5) A crítica direcionada a igreja surge da ideia de que a igreja não permite liberdade de pensamento e autonomia. A sátira é visível no seguinte trecho: “Passando os olhos por cima deste mundo, penso que Deus o abandonou a um ser daninho”.

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