O objeto direto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
INSTITUTO DE LETRAS E ARTES
LÍNGUA PORTUGUESA III

Laurence Marafante Brancão

O objeto direto

Olhando para a sintaxe do português brasileiro, podemos reparar que a oração se depara com dois sintagmas principais que são o sujeito (um sintagma nominal) e o predicado, composto do verbo que pode ser ou não completado ou acompanhado por complementos e/ou adjuntos. Esse trabalho se propões a caracterizar e problematizar um dos possíveis complemento verbal: o objeto direto, trazendo duas vertentes da gramática: a normativa de Celso Cunha e Linley Cintra e a descritiva de Mario A.Perini.
Gramática normativa Segundo a gramática normativa o objeto direto é “o complemento de um verbo transitivo direto, ou seja, o complemento que normalmente vem ligado ao verbo sem preposição e indica o ser para o qual se dirige a ação verbal”. (CUNHA, 2007, p154)
Essa função sintática pode ser representada por: um substantivo.
Ex: Abri a janela e o frio entrou por toda parte. um pronome (substantivo)
Ex: Quando a vi, meu coração acelerou. um numeral
Ex: De tantos alunos, tive que escolher dois. uma palavre ou expressão subtantivada
Ex: A sua resposta foi um não categórico. uma oração substantivada
Ex: Não posso pensar que você vai embora. sendo que o objeto direto pode ser também constituido por mais de um substantivo ou um dos seus equivalentes.
Ex: A janta foi maravilhosa, comemos carne, legumes, e uma sobremesa deliciosa.
O objeto direto, e alguns casos, pode também ser preposicionado, segundo Cunha (2007) com os verbos que exprimem sentimentos:
Ex: Não amo a ninguém, Pedro (C. Dos Anjos, M 196.) Para evitar ambiguidade
Ex: sabeis, que ao Mestre vai matá-lo.
Quando vem antecipado,
Ex: A homem pobre, ninguém roube.
O objeto direto vem obrigatoriamente preposicionado quando expresso por pronome pessoal oblíquo tônico.
Ex: Não a ti, Cristo, odeio ou te não quero. (F. Pessoa) Para chamar a atenção sobre o