O nem tão novo “mal estar da civilização”

O nem tão novo “mal estar da civilização” Victor Oliveira – Estudante de Psicologia, UFMT

Freud realmente foi uma pessoa com uma visão muito maior do que outros em seu tempo. Seu texto “Mal estar na cilização” é referencia até hoje para varias áreas de conhecimento pois ainda vem trazer elementos dos quais são de fácil identificação com nosso dia a dia. Uma destas é o casamento entre a psiquiatria e o capital, gerando assim um filho que à muitos preocupam que é o movimento de medicalização.

Este filho, vem crescendo absurdamente com o passar dos tempos, invadindo todos os meios possíveis saindo dos centros de psicoterapêuticos até se enraizar em nossa estrutura social. Hoje o pais vive uma onda onde ocupamos o primeiro lugar no consumo de um deste psicofármaco, aliando-se com um guia que muitos seguem a risca conhecido como DSM, que teve sua quinta edição lançada recentemente e provocou ainda mais revolta, por nos trazer mais transtornos, como se não tivéssemos muitos já, piorando ainda mais um cenário já triste.

Vemos que este movimento de medicalização vem ganhando força e amarrando cada vez mais o sujeito, este avido por uma solução imediata para todo seu sofrimento, com sua propaganda de felicidade em comprimido ou em gotas, acabando por prejudicar muito mais ao invés de realmente tratar o problema, que é advindo das interações sociais deste mesmo sujeito.

As instituições por sua vez apenas reforça esse mercado, vê-se um crescimento alarmante dos diagnósticos de transtornos com o TDAH em nossas crianças, estás ainda em desenvolvimento, e com isso trazendo ai uma preocupação maior, pois a medicação destas crianças se forem diagnosticadas erradas podem trazer uma alteração em seu desenvolvimento psíquico, atrapalhar ainda mais seu desenvolvimento e rendimento escolar e ainda podendo trazer um problema maior ainda que seria uma dependência desta para com a medicação acarretando muitos outros problemas futuros. Levando isso em consideração agora