O nazismo

2.1 HISTÓRICO

O fim da I Grande Guerra, em 1918, marcado pela assinatura do Tratado de Versalhes pelas nações européias, pelo qual Alemanha se obrigava a aceitar todas as responsabilidades por causar a guerra e a fazer reparações a algumas nações da Tríplice Entente, dentre as quais figuravam a perda de parte de seu território (incluindo a Alsácia-Lorena, rico território bastante disputado por França e Alemanha, e que havia sido anexado durante a vitória na guerra franco-prussiana, em 1871), a perda de suas colônias africanas, restrições no tamanho do exército, indenizações aos países vencedores pelos prejuízos durante a guerra (cerca de 132 bilhões de marcos-ouro) e o reconhecimento da Áustria como país independente, provocou nos alemães um sentimento de grande humilhação e uma crise econômica para a nação, causada pela indenização paga às nações vencedoras. Essa crise apresentava as seguintes características: inflação altíssima, desemprego (1,5 milhão em 1924, 5 a 6 milhões em 1932) e queda acentuada no padrão de vida das massas populares (PINHEIRO, 2009). A inflação atingiu então tal patamar que o intelectual francês Jean-Michel Palmier, a esse respeito, comenta que “1 quilo de pão custava milhares de marcos, enquanto uma jovem, um maço de cigarros.” (CAPELATTO, 2004. p. 21).
Toda essa situação revoltou o povo alemão, em especial as classes populares e a classe média. Para agravar o quadro, nos anos 1930 “44% da força de trabalho alemã estava desempregada, resquícios claros da Depressão iniciada com o Crash da bolsa de Nova Iorque, em 1929” (PINHEIRO, 2009).
A situação política na Alemanha, nos anos 30, era extremamente instável.
. Com o agravamento da crise de 1929, a República de Weimar, outrora governada por forças políticas democráticas de esquerda, passou a abrigar partidos que iam da extrema esquerda à extrema direita, como o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP- Nazista) e o Partido Comunista Alemão (KPD- conhecidos como