O Naturalismo

Naturalismo
O Naturalismo foi um movimento cultural estético-literário que teve origem na filosofia positivista de Auguste Comte, nas ideias evolucionistas de Darwin, no criticismo de Hippolyte Taine e Émile Zola e nas mudanças sociais que se fizeram sentir na segunda metade do século XIX, a nível filosófico, científico e ético.
O naturalismo baseia-se na observação fiel da realidade e na experiência.
A investigação da sociedade e dos caracteres individuais ocorre «de fora para dentro».
Os naturalistas acreditavam que o indivíduo é mero produto da hereditariedade e que o seu comportamento e personalidade são frutos do meio em que vive e sobre o qual age.
Constitui um dos pilares da ciência moderna.

Naturalismo & Realismo
O Naturalismo é considerado uma radicalização do Realismo.
Estreitamente ligados pela defesa da verdade na arte, pela pintura do real; amos procuram objetividade.
O Naturalismo amplia as caraterísticas do Realismo acentuando-as e acrescentando-lhe certas marcas que o tornam inconfundível, como:
O determinismo: o Homem é visto como uma máquina, guiado por um conjunto de leis físicas e químicas, pela hereditariedade e pelo meio físico e social;
A preferencia por temas da patologia social: a miséria, o adultério, o incesto, o desiquilibrio mental, problemas, o homossexualismo, taras sexuais, etc;
O objetivismo cientifico e a impessoalidade: o autor assume uma atitude de frieza perante os factos e as personagens, devendo registrar impessoalmente e com precisão cientifica a realidade que lhe é apresentada;
Principais caraterísticas do Naturalismo
Defende o conhecimento científico como fonte da própria produção literária;
Procura analisar o comportamento do ser humano, realçando na sua natureza animal os aspetos instintivos e biológicos;
Os naturalistas abordam a existência humana de forma materialista. O homem é encarado como produto biológico passando a agir de acordo com seus instintos, chegando a ser comparado com os animais