O NARRADOR TEMPO E ESPA O N OS MAIAS

1246 palavras 5 páginas
O NARRADOR, TEMPO E ESPAÇO N’OS MAIAS

Bom dia a todos, o tema que venho aqui hoje expor é o narrador, o tempo e espaço em relação à obra Os Maias, de Eça de Queirós.
O texto narrativo conta acontecimentos ou experiências conhecidas ou imaginadas, ou seja, constrói uma narrativa, o que implica uma ação, desenvolvida num determinado espaço e num determinado tempo, praticada por personagens e que nos é transmitida por um narrador. Estas são as categorias da narrativa. Posto isto, encontram-se três tipos de espaço neste romance: o espaço físico, o espaço social e o espaço psicológico. N’Os Maias, as características do espaço físico têm uma grande influência, uma vez que nos levam a concluir o modo de vida várias personagens. A maior parte da narrativa passa-se em Portugal, mais concretamente Lisboa e os seus arredores. Santa Olávia era o solar da família, na margem esquerda do Douro, simboliza a vida e a regeneração dos dois varões da família, onde o seu clima ameno remete para a representação da purificação de Afonso. Este é o símbolo de vida, ligada à água que contrasta com Lisboa, “a cidade degradada”. Por outro lado, Lisboa concentra a alma de Portugal, a sua degradação moral, a ociosidade crónica dos portugueses, simbolizando a decadência nacional, metaforicamente representada pela estátua de Camões. Por ser a capital, centraliza a vida económica, literária e política do país. Era em Lisboa onde se localizava o Ramalhete, talvez o cenário com maior densidade e virtualidade significativa de todo o romance. O Ramalhete está simbolicamente ligado à decadência moral do Portugal da Regeneração. O ramo de girassóis que ornamenta a casa simboliza a atitude do amante, que como um girassol, se vira continuamente para olhar o ser amado; associando-se à incapacidade de ultrapassar a paixão, ligando-se assim a Pedro e a Carlos. Os móveis do escritório de Afonso estão cobertos de panos brancos que são comparados a mortalhas com que se envolvem cadáveres,

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