o mundo
PORTE NA GEOGRAFIA URBANA BRASILEIRA – NOTAS
PRELIMINARES1
Dhiego Antonio de Medeiros2
Antonio Alfredo Teles de Carvalho3
Quanto mais pequeno o lugar examinado, tanto maior o número de níveis e determinações externas que incidem sobre êle. Daí a complexidade do estudo do mais pequeno.
Milton Santos, 1985
Nota Introdutória
Desde os seus primeiros registros na história, a cidade tem se constituído em espaço marcado por uma constante efervescência e, por conseguinte, pelo vanguardismo. Assim, chamou a atenção dos precursores das mais importantes Escolas de Geografia (e seus seguidores, naturalmente) após a institucionalização da disciplina no terceiro quartel do século XIX: Alexander Von Humboldt, na Alemanha e Paul Vidal de La Blache, na
França.
Influenciada por esta última, especialmente em face a procedência dos mestres que aqui chegaram no terceiro decênio do século seguinte para implantar os primeiros cursos de Geografia e História, na Universidade de São Paulo e na Universidade do Distrito
Federal, respectivamente, a Geografia brasileira em pouco tempo passou a ter na cidade um dos seus temas mais evocados. Nesse sentido, o artigo de Pierre Monbeig, “O Estudo
Geográfico das Cidades”, publicado originalmente na Revista do Arquivo Municipal de
São Paulo em 1941 aparece como um marco desse processo.
1
Pesquisa em desenvolvimento no Núcleo de Estudos Josué de Castro do Departamento de Geografia da
Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL (Campus I – Arapiraca).
2
Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL (Campus I – Arapiraca)/Aluno do Departamento de Geografia
/dhiego.medeiros@uneal.edu.br
3
Orientador/Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL (Campus I – Arapiraca)/ Professor Doutor do
Departamento de Geografia/alfredo.carvalho@uneal.edu.br
Acrescente-se, ademais, que os anos de 1940/50 mostrar-se-ão como um período emblemático no que concerne aos estudos sobre a cidade no