O mundo pós-americano

O mundo pós-americano

Desde 2001, o mercado imobiliário americano vinha passando por uma fase de crescimento acelerada. Os juros bancários do Federal Reserve (FED - Banco Central americano), estavam muito baixos. Com isso, a demanda por imóveis cresceu, as pessoas começaram a investir e comprar imóveis, para lucrar. Em 2005, isso se tornou um ótimo negócio.
Após 2006, os juros do FED aumentaram e o preço dos imóveis começou a cair, desvalorizando. Com o seu patrimônio depreciado, os donos de todas as ações começaram a não pagar a hipoteca, levando as hipotecadoras a terem grandes prejuízos, causando a crise imobiliária dos EUA

Sob essa crise que se alastrou dos EUA para o mundo, comparado na entrevista como uma doença, muitos acreditam que não há mais remédios.
Immanuel Wallerstein, entrevistado, compara com um doente terminal, onde o sistema mundial moderno chegou a um ponto de esgotamento da acumulação do capital, entrando em uma era caótica de incerteza.

Toda a entrevista foi baseada em sua teoria mundial sistêmica, a famosa separação do mundo entre os países de centro e de periferia, que funciona e evolui em função dos fatores econômicos, que a acumulação de capital e seu equilíbrio é sempre ameaçada por fricções internas.
No contexto do fim da acumulação de capital, é historicamente normal haver momentos ruins no capitalismo, mas, essa situação foi específica ligada ao declínio dos EUA. Por ser um bom investimento, a dívida dos EUA do momento, foi financiada basicamente por alguns poucos países, que sabem que é importante sustentar o poder de compra dos EUA.
Immanuel Wallerstein nos diz que temos um novo conceito para analisar isso, diz que estamos vivendo uma grande transição da economia mundial capitalista atual para um novo sistema cujo nome ainda não sabemos e cuja realidade ainda não podemos prever onde o elemento principal da transição é a volatividade e essa situação caótica onde os preços não se estabilizam, é difícil para uma