O mundo de sofia

Entre bilhetes anônimos, chales vermelhos, cabanas na floresta, cartões misteriosos, cartolas e coelhos, nem mesmo Sofia Amundsen, ”a menina de cabelos pretos escorridos que não segurava nenhum penteado”, acreditaria no que pudesse vir a acontecer. A narrativa é desenrolada ao entorno da adolescente que, na iminência de completar seus 15 anos é surpreendida com um bilhete em sua caixa de correio, que a indaga de maneira sutil com uma interrogação não tão simples: “Quem é você?”. A partir daí, a menina se depara com contendas relativas ao berço do mundo, das relações entre pessoas e de o quanto sua, portanto, nossa existência, é efêmera. Questão essa analisada, como tantas outras, aliás, há muito por tantos filósofos, como já explícito na própria obra, desde Demócrito com a teoria do átomo, até Darwin com a teoria da evolução das espécies, passando por Sócrates, Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino, René Decartes, Spinoza, Marx, Hegel e outros, conhecemos não só e então somente a vida desses grandes nomes da filosofia secular e suas teorias, mas também inferimos melhor a nós mesmos e também assimilamos uma nova forma de pensar relativa a tudo que nos cerca. A partir do momento em que Alberto se revela para Sofia, a jornada em busca de Hilde, vai se desencadeando, assim Sofia se depara com o inesperado de que ela e Hilde são na realidade a mesma pessoa. No entanto, receosa com a descoberta de que ela e Alberto eram personagens fictícios de um romance, criada pela imaginação de um major, para presentear a filha, não mede esforços para reverter a situação e ir do imaginário rumo à realidade, em curto espaço de tempo, pois, ao término da leitura de Hilde, nada se concretizaria. Na realidade, o leitor encontra uma história dentro da outra, que se desenrolam paralelamente e são igualmente protagonizadas por Sofia e Hilde. O decorrer da história mostra que podemos escolher entre sermos apenas espectadores da história ou meros protagonizantes da