O Movimento Neog Tico

O movimento neogótico
Desde a metade do século XVIII, as formas góticas são imitadas na arquitetura acompanhando o ciclo neoclássico de forma marginal. No ano de 1830, essa possibilidade de imitação concretiza-se como movimento, com motivações claras e contrapondo-se ao neoclássico. O novo movimento, ao contrario do que acontecia anteriormente, não se funde com o anterior ou toma seu lugar, permanecem os dois estilos lado a lado. Surgem múltiplas hipóteses estilísticas, uma para cada um dos estilos passados. O movimento neogótico tem uma forte ligação com o contexto histórico da época. Quando os problemas e organização, vindos da revolução industrial, de fato aparecem, não é mais possível conservar as antigas regras de conduta. Na arquitetura também parece impossível continuar com a tradição clássica, assim recorre-se aos estilos passados, mesmo que o problema ainda continue em aberto.
No século XVII, o uso de formas góticas era algo exótico e de caráter literário. Em 1796, é construída por J. Wyatt a residência Fonthill Abbey que foi encomendada pelo literato W. Beckford e de acordo com ele deveria ser “um edifício ornamental que tenha a aparência de um convento meio em ruinas, mas que contenha alguns cômodos ao abrigo das intempéries”.

Residência Fonthill Abbey
O estilo gótico começa a se difundir em toda parte e surgem construções de jardins, móveis e algumas fachadas em estilo gótico. Os estilos medievais surgem do predomínio da emoção sobre a razão, não possuindo regras. O gótico nesse momento parece uma massa confusa.
Debret descreve o estilo gótico como “o delírio de uma imaginação ardente que parece ter transformado sonhos em realidade”. O estilo gótico é difundido rapidamente em vários segmentos, mas ainda é uma prática remota de construção que não se adequa à aplicação em larga escala na produção de edifícios, enquanto o estilo clássico se associa bem com a engenharia.
Durante o período de restauração dos edifícios medievais, que teve inicio no primeiro