O manifesto cubista

O Cubismo foi uma tendência artística moderna, que ocorreu entre 1907 e 1914, tendo como principais fundadores Pablo Picasso e Georges Braque. Esse movimento artístico tratava as formas da natureza por meio de figuras geométricas, representando todas as partes de um objeto no mesmo plano, além de, representar a realidade, rompendo com os conceitos tradicionais de harmonia, proporção, beleza e perspectiva. Na literatura o Cubismo nasceu com o manifesto-síntese assinado pelo francês Guillaume Apollinaire(1880-1918),publicado em 1913, influenciando toda poesia cubista contemporânea. Seus versos, em linhas curvas, torna-o percursor do concretismo.
A literatura cubista valorizava a proposta da vanguarda europeia: aproximar ao máximo as várias manifestações artísticas como a pintura, a música, a literatura e a escultura. Daí, a preocupação dos poetas cubistas com a construção do texto. Apollinaire defendia a liberdade das palavras e a invenção de palavras. Propunha a destruição das sintaxes já condenadas pelo uso criando um texto de substantivos desprendidos, em desordem, jogados de forma anárquica no texto. Incentivava o menosprezo por verbos, adjetivo e pontuação. Pregava a utilização de versos livres, ou seja, sem a necessidade da estrofe, da rima e da harmonia. Assim, como na pintura, as colagens passaram a ser incorporadas pelos textos poéticos. O Cubismo no Brasil só ressoa após a Semana de Arte Moderna (1922).Mesmo assim , é considerado apenas um exercício técnico. Portanto, não tivemos cubistas brasileiros, embora quase todos os modernistas recebessem influência do movimento. Como o caso de Osvaldo de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di