O mal-estar aa pós-modernidade - resenha Bauman
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – 7º PERÍODO
DISCIPLINA: MUDANÇAS SOCIAIS CONTEMPORANEAS
PROFESSOR: DÉBORA REGINA PASTANA
ALUNA: Carolina Cunha Manhezzo - MATRÍCULA: 11211CCS049;
Resenha do texto:
BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1998. P. 07-37.
Introdução: O mal-estar – moderno e pós-moderno
Para trabalhar com o mal-estar da pós-modernidade, Bauman têm como referência a obra de Sigmund Freud, publicada em 1930, que ficou consagrado em português como o título “O mal-estar na civilização”. Foi através deste livro que foi moldada, na consciência coletiva, os pensamentos referentes às conseqüências da “aventura pós-moderna”.
Segundo Freud, só se ganha alguma coisa ao perder algo em troca. Da mesma forma que ocorre na cultura e na civilização, a beleza, pureza e ordem são mais ou menos a modernidade, de modo que se esses ganhos (beleza pureza e ordem) forem negligenciados causarão indignação, resistência e lamentação. Ao mesmo tempo, esses só serão ganhos se for pago um alto preço. “Os seres humanos precisam ser obrigados a respeitar e apreciar a harmonia, a limpeza e a ordem. Sua liberdade de agir sobre seus próprios impulsos deve ser preparada. A coerção é dolorosa: a defesa contra os sofrimentos gera seus próprios sofrimentos.” (BAUMAN, p. 08) Para Freud, os prazeres da civilização pertencem a um pacote, no qual também estão presentes os sofrimentos; a satisfação com o mal-estar; e a submissão com a rebelião. Assim, a civilização só pode ser construída a partir de um compromisso, “uma troca continuamente reclamada e para sempre instigada a se renegociar” (BAUMAN, p. 8), onde serão necessários grandes sacrifícios e renúncias.
Os evidentes mal-estares da modernidade,são o resultado de um “excesso de ordem”, e conseqüentemente, da perda da liberdade.Uma estrutura de civilização que busca intensamente a segurança, mais liberdade significa menos mal-estar; ao mesmo tempo, em uma