o homem tecnologico - victor ferkis

Todos os esforços devem ser realizados para superar o gritante abismo social existente e a inércia dominante, em nosso país. A cada dia, crescem as evidências de que somos um dos países mais socialmente desiguais e injustos. No Brasil, continuamos subdesenvolvidos, ainda que a riqueza material existente possibilite significativa redução da desigualdade e da injustiça sociais e, portanto, a superação do subdesenvolvimento. A dominação, a opressão e a barbárie humanas sempre existiram e agravam-se. Não é necessário buscar argumentos outros para empreender um forte e amplo esforço na direção da diminuição da desigualdade social extrema, o que falta é a cultura; o planejamento familiar; ensinar a condição humana (educação intelectual e técnica); e a justa organização social, proporcionando para todos oportunidades iguais, para que a partir delas, cada indivíduo possa construir sua singularidade. Analisando o PIB das nações nos últimos vinte anos, foram criadas riqueza e renda suficiente para produzir alterações significativas nas condições de vida da grande massa da população mundial e, particularmente, brasileira que é carente de tudo. No entanto, a riqueza existente, a produzida e a renda gerada, sempre foi apropriada e concentrada por minorias que sofrem de individualismo e ganância financeira. A variável Corrupção-Descontrolada deve ser avaliada, pois o dinheiro que deveria ser utilizado em benefício público, é desviado para beneficiar poucos. Na minha opinião, não podemos pensar e agir no futuro, nós temos que pensar e agir no presente. Escrevo nós, pois querendo ou não todos fazemos parte de uma sociedade, e sendo assim somos responsáveis pelos sucessos e pelas mazelas da mesma. Romper com a tradição, reverter tendências indesejáveis, construir com direcionalidade, não se desviando do alvo perseguido (sociedade justa), constituem um desafio. Países como o Japão, a Indonésia, a Coréia, a Irlanda e o Chile são exemplos desse rompimento. Concordo que precisamos