O homem, comunicação e globalização
Dilip Navalshankar1
1. Introdução
É possível enganar algumas pessoas o tempo todo, e todas as pessoas durante algum tempo, mas é impossível enganar todas as pessoas o tempo todo.
Abrahham Lincoln - 1858
A globalização, segundo Paulo Nogueira Baptista Jr., é entendida como processos “que dominam de maneira inexorável a economia mundial, e tendem a destruir as fronteiras nacionais2”. Estes processos, a princípio económicos e posteriormente culturais, criam maiores expectativas a respeito de qualidade, serviço e valor. Além disso, a concorrência, nos vários mercados acentuou-se; afinal de contas, como afirma Tom Peters3, as empresas podem ser suprimidas a todo tempo, “porque actualmente ninguém mais sabe onde está o seu concorrente4”.
A globalização reflecte, directamente, o conceito de inovação: a necessidade de sobreviver e conviver em um ambiente de constantes mudanças implica uma mudança de atitude, uma nova postura, sempre pronta a mudar. O guru da administração, Tom Peters, acredita que essa mentalidade é a grande mudança necessária trazida pelo conceito de globalização quando aplicadas na prática.
Diante da globalização já não há mais espaço para a nostalgia e para o excessivo apego.
Essa grande mudança de atitude está a ser quase que forçada garganta abaixo dos empresários (capitalistas). A palavra inovação vem, pela primeira vez, aprendida por muitas empresas (se não pela maioria) onde o que faltava era o foco empresarial, uma mudança de mentalidade. O conservadorismo e a demasiada autoconfiança estão na raiz das
1
Docente de Relações Públicas da Universidade Politécnica, dilipmoz@yahoo.com
2
BAPTISTA Jr, “O Circulo de Giz da Globalização”, pp. 192.
3
REVISTA EXAME ,1995, pp. 34
1
dificuldades actuais dos velhos dinossauros. “Não há nada tão perigoso quanto o sucesso”, completa Peter5.
É também entendida como “um fenômeno ideológico nem sempre muito sofisticado,