O herói épico Virgiliano
INTRODUÇÃO
I - O GÊNERO ÉPICO
I.I – HOMERO
I.II – VIRGÍLIO
II – ANÁLISE DE CADA HERÓI
II.I – AQUILES
II.II – ULISSES
II.III – ENÉIAS
III – SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
III.I - AQUILES X ULISSES
III.II - AQUILES X ENÉIAS
III.III - ULISSES X ENÉIAS
IV – CONCLUSÃO
V - BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
Inicialmente, para uma reflexão, ainda que introdutória, sobre o tema do herói épico virgiliano, é obrigatória uma breve análise do Gênero Épico, cujas principais obras são Ilíada, Odisséia e Eneida. É obrigatório, ainda, que chamemos a atenção para as características desses heróis épicos em geral, fazendo um comparativo entre ambos, de modo a verificar suas singularidades, sejam elas parecidas ou diferentes. Neste diapasão, passamos, primeiramente pelo herói Aquiles, semideus, porém mortal, buscando a glória imperecível, como forma de ser eterno, chegamos ao herói Ulisses, totalmente humano, que busca a glória doméstica e finalizamos com Enéias, o herói fundador que expande a civilização para o Ocidente. Todos marcados pelas decisões do destino, todos com semelhanças e diferenças entre si, que serão devidamente exploradas ao longo desse ensaio. O nosso objetivo neste trabalho de conclusão de curso é mostrar como estes temas, presentes em Homero e reafirmados por Virgílio, permitem-nos ver com clareza a tipologia do herói épico clássico.
I - O GÊNERO ÉPICO
Na Antiguidade Clássica a epopéia era, vulgarmente conhecida como, um poema narrativo, composto em um metro predominante – o hexamêtro dactílo – cuja declamação deveria ser contínua e acompanhada por uma nota na lira. Segundo Nely Maria Pessanha (1992), a palavra grega epopéia é o prolongamento semântico da aproximação de duas outras: épos e poéio. To Épos, que no singular remete a “discurso”, “palavra” ou “narrativa” enquanto, tà épea designa o ato de narrar em determinado tipo de verso, no caso o hexamêtro. Já poéio tem o sentido de “fabricação”