O Gênio do Crime X o gênio do crime

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
FORMAÇÃO DE PROFESSORES – LITERATURA BRASILEIRA MARCELO PADULA DE BRITO – RA 52459

O Gênio do Crime X O gênio do crime Na medida inversamente proporcional em que a tecnologia avança, as novidades em jogos eletrônicos aumentam e a qualidade de imagem das TV´s se tornam digitais, cresce - sobretudo nos adolescentes – o desinteresse pelas imagens, emoções e oportunidades de enriquecimento cultural contidas em nossa Literatura. Em relação à Literatura Infantil e Juvenil Brasileira, sua linha de suspense oferece, conforme a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – 1988, obras altamente recomendáveis às nossas crianças e jovens. Com o advento da televisão - muito recente se comparada ao da escrita e da literatura - mais o surgimento dos variados produtos eletrônicos que a ela se conecta, aos poucos foram caindo os níveis de interesse dos jovens pela literatura. A comodidade de se receber imagens prontas e de apenas ter que escutar o que e dito no lugar de ler o que está escrito, é fator decisivo na hora da escolha entre um ou outro. A atual e consolidada programação da televisão brasileira piora muito essa situação: o vocábulo novela, por exemplo, dificilmente será entendido fora do contexto referente ao último capítulo da telenovela das oito. É no intervalo – comercial – desta telenovela, quando o gênio e as intenções capitalistas/consumistas dos ricos empresários se tornam mais claras, que muitos jovens perdem ótima oportunidade de desligar o aparelho e buscar obras excelentes como, por exemplo, Dom Quixote de La Mancha, em vez disso vão sendo alienados da própria realidade e “bombardeados” por propagandas de todos os tipos de produtos imagináveis, entre eles, televisores ainda mais modernos, com toca dvd´s embutido, controle remoto multifuncional, etc. Assim, contagiado pela febre consumista e assistindo ao duelo entre fantasia e a dura realidade, o jovem “tele-receptor” brasileiro, aos poucos, “enlouquece”.