"O Guarani"

Alencar faz bom uso das possibilidades e contradições do romance romântico. Aqui se fala sobre a primeira geração do romantismo, onde o nacionalismo está bastante presente. Pode-se dizer também que existe a trama novelesca da coloração épica, do ímpeto ideológico nacionalista e de elevada carga simbólica, do mítico e lendário e etc. O autor ilustra tão bem suas afirmações que ao ler sua obra, somos invadidos por cores, luzes e sons.
Personagens: Peri: corajoso, chefe da nação goitacá, o Guarani, e pode o cavaleiro das novelas de cavalarias.

Ceci (Cecília): moça linda, de olhos azuis, meiga, suave, sonhadora, herdeira da força moral interior de seu pai, D. Antônio Mariz. Podemos caracteriza-la como “menina anjo”.

Isabel: moça morena, sensual, de lábios desdenhosos; filha bastarda de D. Antônio Mariz com uma índia, oficialmente sobrinha dele e prima de Ceci.

D. Antônio Mariz: fidalgo português da mais pura estirpe.

Dona Lauriana: senhora paulista, de cerca de cinqüenta anos, magra, forte, de cabelos pretos com alguns fios brancos; um tanto egoísta, soberba, orgulhosa, esposa de D. Antônio Mariz.

D. Diogo Mariz: jovem fidalgo, que passa o tempo em caçadas e correrias, pretende desposar Ceci, e Isabel apaixonado por tal.

Loredano: um dos aventureiros da casa do Paquequer; italiano, moreno, alto, musculoso, longa barba negra, sorriso branco e desdenhoso, ganancioso, ambicioso; ex-padre (Frei Ângelo de Luca).
Gênero: romance histórico indianista
Foco narrativo: 3ª- pessoa onisciente
Tempo: 1604 — época colonial (domínio espanhol) Espaço: Serra dos Órgãos (RJ) / Rio Paquequer / Rio Paraíba Ação folhetinesca: rapidez, surpresa, suspense e emoção
Temas
- conquista do sertão - confronto de raças e de culturas - imposição da cultura branca - imposição do cristianismo - assimilação do selvagem idealizado - idealização da natureza (cor local)
Na primeira metade do século XVII, Portugal ainda