“O fazer educativo hoje – libertação ou domesticação?”

Dissertação

Tema: “O fazer educativo hoje – libertação ou domesticação?”

Viviane Mosé filósofa, fala em sua palestra como era a escola até os anos 50. Uma escola reflexiva, elitista, voltada para poucos, era dada como prêmio para aqueles que “sabiam mais”, escola para líderes. Podemos pensar que bom, deveria voltar esse método, mas o problema era enfatizado no social, onde quem tinha condições financeiras muitas vezes eram os que se sobressaíam, não era acessível a todos, havia aí uma exclusão apesar dos benefícios de pensar mais, evoluir intelectualmente. Com a industrialização nasce então uma escola para todos, onde se precisava aprender a ler e escrever, mas não precisava pensar. A escola aderiu os métodos da industrialização, a escola fábrica, onde os alunos eram a matéria prima que ia se transformando em produto. A escola começou a adotar métodos industriais, com sinais sonoros, escola de massa, com séries. Uma escola aprisionadora, com grade curricular, com disciplinas, com provas, militar, passiva. A sociedade fala muito a respeito de que as crianças mantidas na escola se afastam dos caminhos tortuosos, das ruas. Mas nessas escolas o que acontece, o aluno acaba adquirindo conhecimento da vida de idealismo platônico, ele não sabe o que realmente está acontecendo fora da escola, como encaixar aquilo que está aprendendo em seu cotidiano, na sua vida, ele não pode assim pensar, só acumula conteúdo, decora, fica alienado. Então se ouve muito sobre ética, ser bom com todos, ser justo, colaborar com a sociedade. No trecho do filme “A corrente do bem (2000), do diretor Mimi Leder” o professor educando em sala de aula é questionado sobre o que o professor fazia para colaborar para uma sociedade melhor? Então o professor responde que tinha uma boa noite de sono, tomava um café reforçado, chegava no horário na escola, e passava a bola para seus alunos. Ou seja, antes de tudo ele era ético consigo mesmo, pois assim sendo seria ético com o outro, pois o outro