O ESPETÁCULO NA POLÍTICA BRASILEIRA: A DESPOLITIZAÇÃO DO POLÍTICO ATRAVÉS DAS IMAGENS DE FERNANDO COLLOR NAS CAPAS DA REVISTA VEJA (1988-1992)

10323 palavras 42 páginas
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GRUPO DE TRABALHO 3
MÍDIA E POLÍTICA.

O ESPETÁCULO NA POLÍTICA BRASILEIRA:
A DESPOLITIZAÇÃO DO POLÍTICO ATRAVÉS
DAS IMAGENS DE FERNANDO COLLOR NAS
CAPAS DA REVISTA VEJA (1988-1992)

Anderson dos Santos

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O ESPETÁCULO NA POLÍTICA BRASILEIRA:
A DESPOLITIZAÇÃO DO POLÍTICO ATRAVÉS DAS IMAGENS DE FERNANDO
COLLOR NAS CAPAS DA REVISTA VEJA (1988-1992)
Anderson dos Santos1
RESUMO:
O presente artigo pretende apresentar alguns resultados de uma pesquisa de aproximadamente dois anos, que culminou na confecção de uma dissertação de mestrado defendida no Departamento de
História da Universidade Federal do Paraná em 2008. Trata-se, portanto, de uma breve abordagem, levando em consideração apenas alguns pontos nodais do trabalho empreendido, não pretendendo substituí-lo. O recorte cronológico da abordagem insere-se no período que vai de 1988 a 1992, o qual ficou marcado no Brasil, sobretudo, pela densidade quanto ao debate político, já que neste intervalo ocorreram eleições diretas para a presidência da República (1989), o que não acontecia desde 1960, e a derrubada do presidente eleito, Fernando Collor de Mello, através de um processo de impeachment (1992), fato inédito na história do país. Constatando que a imprensa teve um papel destacado durante esses dois processos, decidiu-se realizar uma análise sobre como a revista VEJA, um periódico de circulação nacional, posicionou-se em relação a Fernando Collor neste intervalo de tempo. Tomando como fontes de análise 41 capas do periódico que veicularam o personagem em questão, a partir de imagens ou de algum tipo de menção a ele, bem como suas respectivas matérias escritas, inseridas nas edições, procurou-se apontar possíveis caminhos para a "interpretação" dos discursos proferidos pela revista em relação a Collor entre março de 1988 e dezembro de 1992, isto é, desde o processo eleitoral que o alçou à presidência da República, até sua derrocada após cerca de dois anos e meio de mandato. Em

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