o erro de descartes

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O erro de Descartes

Damásio, representante influente no discurso sobre o corpo, o cérebro e a mente, traz em seus argumentos o erro de Descartes, apontando que este dissociava tais elementos (corpo, cérebro e mente) ao afirmar que a mente era uma "peça" do cérebro, a qual está ligada ao corpo, porque depende dele para cumprir e manter suas funções. Dessa maneira, Damásio o critica este, pautando-se na tese ''Penso, logo existo.'', considerada outrora como peça fundamental para o pensamento racional e agora devidamente questionada.
Segundo Damásio, antes do surgimento dos indivíduos, os seres já eram seres. A princípio, a consciência era primária, dando espaço ao aparecimento de uma mente simples e com a elevação do nível de complexidade dessa, houve a origem do pensamento e da linguagem, a qual foi capaz de trazer a comunicação e a estruturação do raciocínio aperfeiçoado. Assim, no início, veio a existência do ser e só depois viria o pensamento, dessa maneira, só pensamos na proporção que existimos. Na visão de Descartes, esse existir era oriundo da consciência do ato de pensar.
Descartes errou, de acordo com Damásio, ao criar um abismo entre a mente e o corpo, entre os elementos deste (volume, dimensão infinita e funcionamento mecânico) e o aparato mental despido desses aspectos. Descartes relata que a dor física, o raciocício, a agitação, o juízo moral, como não dependentes do corpo, ou seja, a relação entre os papéis essencias da mente e os os aspectos biológicos funcionais teriam consequentemente suas relações complementares destituídas. Sendo assim, ele contribuiu para as mudanças do rumo da medicina, que criou uma nova moldagem e ressignificação para a questão mente-no-corpo.
Outra afirmação de Descartes que despertou crítica pela sua falha foi a afirmação que o sangue trabalha devido ao calor, sendo as partículas sanguíneas capazes de movimentar os músculos. Perante tais teses, surgiram consideráveis indagações a respeito da funcionalidade da

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