O Encontro com o Usuário como Acontecimento de Aprendizagem
O Encontro com o Usuário como Acontecimento de Aprendizagem ou
Aprendizagem baseada no Encontro com o Usuário
Trago para o debate um tema muito caro ao Sistema Único de Saúde- SUS que ainda apresenta um cenário real dominado por metodologias conservadoras e mudanças efetivas muito raras e eventuais. Refiro-me ao papel constitucional do sistema público de saúde brasileiro como ordenador da formação do seu pessoal, a partir de uma lógica favorável aos interesses da sociedade, não os interesses privados ou corporativos. E que tal processo de formação seja de fato desencadeador de mudanças nas relações, promovendo a autonomia e a consciência crítica dos atores.
Nos últimos 24 anos, a saúde tem sido o setor submetido ao mais significativo processo de reforma de Estado, protagonizado por importantes segmentos sociais e políticos, cuja ação é fundamental à continuidade e avanço do movimento pela Reforma Sanitária, bem como para a concretização do SUS. Por essa razão, as várias instâncias do SUS deveriam cumprir um papel indutor no sentido das mudanças, tanto no campo das práticas de saúde como no campo da formação profissional.
O SUS, “fruto das lutas sociais por saúde, expressa em seu ideário o sonho de um sistema de saúde universal, equânime, altamente resolutivo, acolhedor, responsável e capaz de contribuir para o desenvolvimento da autonomia das pessoas e das populações para um andar a vida com mais saúde, o que só é possível através da prática transdisciplinar e cooperativa entre equipes e usuários.” (1). No campo institucional, foi criado o Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES), da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, que propôs a criação de uma política nacional de formação e desenvolvimento de profissionais para a saúde, incluindo iniciativas como: a certificação dos hospitais de ensino; o AprenderSUS, o VerSUS, o Pró-Saúde e os Programas