O encoberto

O Infante faz parte da obra A Mensagem de Fernando Pessoa. Esta obra encontra-se dividida em três partes: Brasão, Mar Português – na qual se encontra o poema analisado neste trabalho – e O Encoberto. “O Infante” é o símbolo do Homem universal, que realiza o sonho por vontade divina. Ele reúne todas as qualidades, virtudes e valores para ser o intermediário entre os homens e Deus. Ou seja “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”
Após ler este poema podemos que compara-lo com dois excertos de Os Lusíadas. A primeira comparação possível encontra-se no Canto V, 4ªestrofe.
Nesta estrofe
"Assim fomos abrindo aqueles mares,
Que geração alguma não abriu,
As novas ilhas vendo e os novos ares,
Que o generoso Henrique descobriu;
De Mauritânia os montes e lugares,
Terra que Anteu num tempo possuiu,
Deixando à mão esquerda; que à direita
Não há certeza doutra, mas suspeita.

Esta estrofe canta que foram os portugueses quem desbravou os mares que até à altura nunca ninguém tinha explorado. Estes inspirados e com o apoio do Infante D. Henrique chegaram á Mauritânia onde nunca nenhum barco tinha estado.
Ao compara-la com o infante vemos que no segundo poema, esta a explicação do primeiro. Isto quer dizer que foi graças ao Infante D. Henrique que os descobrimentos se realizaram. Foi O Infante que assumiu o papel de Deus na Terra e uniu todos os continentes através da expansão do império português e da fé cristã.
Os portugueses desbravaram os mares e oceanos que nunca ninguém tinha navegado e depois de estarem em todos os continentes, o mar uniu e a terra era toda uma só, ou seja, o império português estava em todos os continentes.
Meninas não consegui relacionar com a ultima estrofe do infante!
Canto VIII 37

"Olha cá dois infantes, Pedro e Henrique,
Progénie generosa de Joane:
Aquele faz que fama ilustre fique
Dele em Germânia, com que a morte engane;
Este, que ela nos mares o publique
Por seu descobridor, e desengane
De Ceita a Maura