O Egito como laborat rio de arquitetura

Resenha do texto:
“O Egito como laboratório de arquitetura.”
O texto traz a apreciação do autor a respeito da importância da simplificação da arquitetura para compreender as suas bases e seus significados. Um local apropriado para tal análise é o Egito, que é repleto de obras monumentais, mas com uma composição simples e legítima, é um laboratório que reduz a complexidade das dimensões arquitetônicas admitindo só a linearidade como dimensão urbana e a superfície como dimensão arquitetônica evitando a temporalidade. Instituído ás margens do Nilo, onde as terras eram as mais férteis, e devido também a sua geografia, o Egito é separado do resto do mundo, o que outrora era vantajoso para impedir ataques ao reino que vinha surgindo. A disposição dentro dessa cidade que surgiu, seguia um desenho longitudinal ao rio sentido norte e sul, ao leste e ao oeste havia apenas desertos, devido à essas condições os egípcios aprenderam a viver através das cheias do Nilo e isolados por suas condições naturais por mais de 3 mil anos.

O povo egípcio foi precursor no quesito orientação. Aplicaram significados “místicos” ao nascimento e poente do sol. Ao leste onde o sol nasce, atribuíram o simbolismo da vida, e ao oeste, aonde o sol se põe o da morte. E faziam ligações com as cores e o rio Nilo. Quando estava prestes a transbordar adquiria uma cor verde, que era interpretada como a cor da esperança, e quando inundava as terras ficava vermelho, e fazia referência à cor da vida.
Sendo assim surgiu no Egito dois conceitos de direções: a horizontal, que está relacionada com a agricultura, tornando-se necessária, após as cheias do rio, para redefinir o espaço através de um sistema simples de parcelamento do solo. Seguindo o traçado do arado, a trama retilínea foi vista como boa solução, sendo levada até ao interior, à construção dos edifícios trazendo a combinação da orientação do rio e a distribuição de sua ocupação ao longo da margem, desenvolvendo uma relação de eixos que resulta