O drama da pedofilia

INTRODUÇÃO

Neste trabalho, procurarei mostrar a questão da pedofilia dentro da Igreja Católica, procurando elucidar os diversos casos veiculados na mídia. Para tanto, partirei dos conceitos fundamentais da definição de pedofilia e ainda as diversas facetas do pedófilo. Num segundo momento, tratarei especificamente da pedofilia na Igreja, tentando esclarecer a associação da pedofilia com o celibato e o homossexualismo. A seguir veremos como se evidencia tais escândalos na sociedade em geral, e como esta mesma sociedade se posiciona frente ao dito. Para maior credibilidade ao exposto, procurei alguns dados recolhidos de maneira científica para quantificar os casos e as incidências na sociedade. Ao final veremos se temos alguma esperança de mudança e a forma que a Igreja tem se colocado para combater e ao mesmo tempo socorrer às vítimas.

A CONSCIÊNCIA PERANTE O DRAMA DA PEDOFILIA NA IGREJA: PROPOSTAS E CAMINHOS DE SOLUÇÃO.

1.1 – ENTENDENDO O QUE É PEDOFILIA

Não se pode falar em pedofilia sem se fazer uma breve referência aos desvios da sexualidade, ou seja, às parafilias, perturbações da sexualidade que podem ser constantes ou episódicas, que se manifestam através de fantasias ou de comportamentos recorrentes e que são sentidas pelo próprio como sexualmente excitantes.
O psicólogo clínico, Manuel Coutinho, apresenta de uma forma sucinta as parafilias específicas mais conhecidas: são o exibicionismo (exposição dos genitais); o fetichismo (uso de objetos inanimados); o frotteurismo (tocar ou roçar-se numa pessoa que não consente); a pedofilia (foco em crianças prépubertárias); masoquismo sexual (ser objeto de humilhação ou sofrimento); o sadismo sexual (infligir dor); o fetichismo travestido (travestir-se); e o voyeurismo (observar atividade sexual). O termo “pedofilia” é uma palavra formada pelos vocábulos gregos “pedos” (que significa criança ou menino) mais a palavra “filia” (inclinação, afinidade), portanto, literalmente, significa “afinidade