O desaforo 100.000.000 - O rei do camarote e seu rastro de sangue

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O desaforo 100.000.000 - O rei do camarote e a sua sombra sanguinária

E você!? Já tomou um soco de cifrões nesse final de semana? Se não, lhes apresento o ‘rei do camarote’ Alexander de Almeida, o empresário que ‘caiu na balada’ e nos deixou em choque. E o susto não foi porque ele tem dinheiro. Sabemos que muitas pessoas têm. Mas pelo modo com o qual ele torra essa grana e pelo modo como ele chama aqueles que criticam seu estilo de vida: ‘invejosos’.
Para compreendermos melhor a figura do senhor Alexander, precisamos, antes, pincelar o principal propósito do capitalismo: gerar lucro. Uma vez que o sistema capitalista seja praticamente unânime em todo o mundo, podemos chegar à conclusão: se alguém vai ter muito desse lucro, é certo e fatal que alguém terá pouco; ou nada.
A revista Veja – uma lamentável ferramenta de manobras políticas – mandou ~benzasso~ no modo que apresentou o empresário ao grande público. Foi de uma ironia fina tão grande que nem o próprio entrevistado sacou o quanto estava sendo ridicularizado. Alguém ciente de que ele poderia soar ainda mais patético, disse assim ‘então, vamos filmar seu closet e depois uma porta vai se abrir bem em frente ao seu rosto; magicamente você já estará vestido com as melhores grifes e, aí sim, estaremos prontos pra cair na noite’. Obviamente ele concordou com a fanfarronisse. É um cara já desprovido de senso crítico.
Ele sabe que é uma figura amada por uns e odiada por outros. Se diverte com isso. Diz que é inveja. E realmente é. Não é que gostaríamos exatamente de ter uma Ferrari, já nos bastaria sair de um lugar ao outro – principalmente em grandes cidades – sem sermos aloprados por um transporte público humilhante. Sendo de carro, de trem, metrô ou busão, a gente só gostaria mesmo é de ser 1/5 respeitado como o rei do camarote é.
Nem acho que a maioria de nós – no máximo príncipes e princesas da pista molhada e apertada – quer uma Ferrari e uma Cayenne para os seguranças. Só não sermos empurrados como

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