O cuidado

O cuidado possui uma dimensão ontológica na constituição do ser humano, ou seja, se constitui como uma identidade profunda, como uma natureza essencial do ser humano. “Sem o cuidado deixamos de ser humanos”. “Sem o cuidado não sobreviveríamos.” Sem o cuidado de nossos progenitores, não resistiríamos por muito tempo após o nosso nascimento. Não se trata apenas em pensar ou falar sobre o cuidado como “objeto independente de nós”, mas em pensar ou falar a partir do cuidado, como ele é vivido e como ele se estrutura em nós mesmos. “Não temos cuidado. Somos cuidado!”. A FILOLOGIA DA PALAVRA: CUIDADO “As palavras estão grávidas de significados existenciais (...) É preciso desentranhar a riqueza escondida nas palavras...” Latim ‘cura’, ‘coera’ = amor, amizade “... denota preocupação com a pessoa amada...” ‘O amor como fenômeno biológico, que se dá dentro do dinamismo da vida, desde as suas realizações mais primárias, de bilhões de anos atrás, até as mais complexas no nível humano.’ (p. 110) Os seres vivos se estabelecem no meio por necessidade de sobrevivência e pela espontaneidade.

CAP. 8 - RESSONÂNCIAS DO CUIDADO
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1) O amor como fenômeno biológico Esse acolhimento um do outro, essa co-existência, dá origem ao amor como fenômeno biológico, e que ganha formas mais complexas na forma humana. “ Sem o amor, destrói-se o social...’’
“ Sem amor não seríamos seres sociais.” (Maturana)

2) A justa medida: A justa medida que se alcança pelo reconhecimento realista, pela aceitação humilde e pela ótima utilização dos limites, conferindo sustentabilidade a todos os fenômenos e processos, à Terra, às sociedades e às pessoas. (p. 112)

CAP. 8 - RESSONÂNCIAS DO CUIDADO
2) A justa medida: A justa medida é o equilíbrio entre o modo-de-ser trabalho e o modo-de-ser cuidado. É importante para que se usem, equilibradamente, as potencialidades natural, social e pessoal. Desenvolver esta