O Conhecimento Em Arist Teles

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O Conhecimento em Aristóteles
Nascido por volta do ano 384 antes de Cristo, Aristóteles foi discípulo de Platão e mestre de Alexandre o Grande. Como seu mestre, buscava um conhecimento verdadeiro e perfeito. Mas enquanto Platão tinha na matemática o exemplo de conhecimento perfeito e fazia a distinção radical entre a essência, dada pela atividade do pensamento e a aparência, dada pelas sensações. Aristóteles entendia o conhecimento como um processo.
Para Aristóteles a realidade pode ser perceptível em seis formas: sensação, percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição. Não há uma ruptura entre a percepção da aparência de um objeto e o conhecimento de sua realidade, mas sim uma continuidade. O conhecimento verdadeiro a respeito de algo teria que passar primeiro por uma simples sensação, o objeto de conhecimento teria de ser percebido impondo-se a consciência, imaginado, ou seja, a formação na mente de uma imagem deste objeto percebido. O conhecimento então seria registrado na memória e racionalizado, tornado a mente capaz de reconhecer o objeto em uma nova situação. Ou seja, o conhecimento verdadeiro a respeito de algo só se formaria em processo.
Para responder a Parmênides, que afirmava o princípio de tudo como o ser imutável e Heráclito, crítico do ser ao afirmar que tudo está em eterna transformação, Aristóteles afirmaria que a essência de um ser é sua parte invariável, que não muda nunca. Tudo teria uma forma que definiria o que é e seria composto por uma determinada matéria. Bem, se um objeto pode ser de diversas formas e materiais, como Aristóteles definiria sua essência? Ele estabelece a diferença entre o que é acidental, o que muda é o objeto não deixaria de ser se não tivesse e o que é essencial propriamente dito, o que não muda e é invariável. Desta forma, Aristóteles não discorda totalmente de Heráclito, o que é acidental nas coisas pode mudar, estar em eterno movimento. Mas não discorda também de Parmênides: embora as coisas possam mudar,

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