O conceito de homem varia com o tempo

O conceito de homem varia com o tempo. Não se pode conceituar o homem sem saber onde viveu, o que comeu, com quem conviveu entre ouros fatores que podem influenciar a formação deste.
No Renascimento existia uma distinção entre “naturais e selvagens”.
Os selvagens eram basicamente os índios, que para os Renascentistas não possuíam alma. Sendo assim, toda a população “normal” eram os naturais e possuíam alma.
A diversidade cultural era tão grande que assustava a grande massa.
De Pauw achava que a natureza influenciava de forma negativa tais seres. Tempos depois Cristóvão Colombo, Américo Vespúcio, entre outros já retratavam os indígenas como pessoas belas sem os distinguir dos demais povos.
A linguagem é de fundamental importância para o homem. Sempre ajudou na comunicação seja ela, falada, escrita ou até por meio de objetos.
Um exemplo disso foi o primeiro contato da tribo indígena com um branco, mostrando exatamente essa comunicação, essa linguagem e troca de cultura.
Reconhecer a diferença do outro não é tão difícil, mas conviver e aceitar pode ser complicado, ainda mais quando se tem um choque nas diferenças.
Há muito tempo convivemos com culturas diferentes, essa interação nos ajuda muito a crescer. Mas quando não se tem essa compreensão a harmonia deixa de existir.
A Outridade(alteridade) mostra basicamente isso, não se pode viver em uma individualidade.
“Mas, para retornar a meu assunto, acho que não há nessa nação nada de bárbaro e de selvagem, pelo que me contaram, a não ser porque cada qual chama de barbárie aquilo que não é de costume; como verdadeiramente parece que não temos outro ponto de vista sobre a verdade e a razão a não ser o exemplo e o modelo das opiniões e os usos do país em que estamos.” (MONTAIGNE, 2000, p.307)