O CINEMA E A QUESTÃO AMBIENTAL
INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE PESQUISAS DO RIO DE JANEIRO
Cinema e Política
Prof. Igor Lapsky
O CINEMA E A QUESTÃO AMBIENTAL
Os diferentes discursos na produção cinematográfica sobre a preservação do meio-ambiente
LAURA JARDIM RIOS
RICARDO MARTINS BATISTA
Rio de Janeiro
27 de Novembro de 2014
O CINEMA E A QUESTÃO AMBIENTAL
Os diferentes discursos na produção cinematográfica sobre a preservação do meio-ambiente
Dentro da cultura ocidental, o que poderia ser chamada de uma proto-consciência ambiental estava inicialmente relacionada a teologia, compreendendo as diferentes formas de vida como dádivas divinas e, por tanto, merecedoras de respeito e proteção; ideia materializada na imagem de São Francisco de Assis. No século XVI, com a chegada dos europeus a América, deparando-se com ambientes muito menos modificados pela ação antrópica do que os do velho mundo, iniciaram-se as primeiras divagações acerca da abundância de recursos em ecossistemas preservados, o que pode ser observado nas cartas de Pero Váz de Caminha. O crescimento dos “naturalistas”, tendo Charles Darwin como principal expoente, demonstra o interesse por compreender as relações de equilíbrio entre as diferentes espécies coexistentes em um ecossitema. Mas foi a partir do século XVIII com o advento da indústria, e mais fortemente no sáculo XIX com sua consolidação, que começou a surgir a percepção do quão nociva a ação antrópica pode ser ao meio ambiente e, por consequência, aos próprios homens, indubitavelmente dependentes dos recursos naturais.
O aprofundamento dessa percepção destrutiva da ação antrópica deu-se após as bombas de Iroshima e Nagasaky, as quais demonstraram a capacidade de aniquilação das variadas formas de vida em larga escala. A ampliação nos padrões de consumo e da industrialização ao longo da década de 50 e 60 começaram a influenciar a comunidade científica em estudos sobre o impacto