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O Caso Schreber

O caso de Daniel Paul Schreber foi um dos casos mais emblemáticos de Sigmund Freud, já que o pai da psicanálise nunca teve um encontro com Schreber. Sua análise sobre o caso foi publicado em Notas psicanalíticas sobre um relato de paranóia em 1911, depois da leitura do livro de Schreber, Memórias de um doente dos nervos (1903).
Daniel Schreber nasceu em julho de 1842 em uma renomada família alemã. O seu pai, Daniel Gottlieb Schreber ganhou notoriedade com teorias educativas muito rígidas e baseadas na ginástica, ortopedia e higienismo. O seu objetivo era criar um novo homem.
Em 1884, Daniel Paul Schreber apresentou sinais de distúrbios mentais. Schreber ocupava uma posição de destaque, sendo presidente da corte de apelação e renomado jurista. Seu distúrbio ocorreu após a sua derrota para ser candidato do partido conservador. Sendo tratado pelo neurologista Paul Flechsig foi internado duas vezes.
Em 1893, Schreber foi promovido a presidente do tribunal de apelação de Dresden. Sete anos depois foi interditado e teve os seus bens colocados sob tutela. Após isso escreveu o seu livro, Memórias de um doente dos nervos que foi lançado em 1903.
Em seu livro, Schreber apresenta um sistema delirante de uma pessoa perseguida por Deus. Seu discurso apontava para uma existência terrível: sem estômago, laringe, perseguições de pássaros etc. Ele se transformaria em uma mulher que engravidaria de Deus.
Com todo esse discurso Freud viu na “revolta” contra Deus de Schreber, a figura de seu pai e a homossexualidade recalcada (a base de seu delírio). A transformação do amor em ódio é o mecanismo essencial da paranóia.
O surgimento do delírio para Freud foi uma tentativa de cura, cujo objetivo de Schreber era um consolo para a morte do pai, já que não havia tido um filho algum. Deus em seu sistema delirante seria o seu pai.
Após a sua análise do caso, Freud recebeu inúmeras críticas à sua abordagem. A principal foi da linha kleinianos feita por Ida Macalpine

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