O CASO DOS EXPLORADORES DE CARVERNAS

PARTE 1 – DESCRIÇÃO DOS FATOS
Os quatro acusados são membros da Sociedade Espeleológica , uma organização amadorística de exploração de cavernas. Em meados de maio de 4299, estavam eles em companhia de Roger Whetmore também era membro da Sociedade em uma expedição. Quando já bem distante da entrada da caverna houve um deslizamento que bloqueou a única saída que existia. Com o passar dos dias e sem informações as famílias dos acusados comunicaram o secretário da Sociedade, que achou informações sobre a localização da caverna deixadas pelos exploradores e assim uma equipe de resgate foi rapidamente enviada ao local. O trabalho de desobstrução foi frustrado várias vezes por novos deslizamentos, sendo que em um deles dez operários contratados morreram, os custos se tornavam cada vez mais elevados, fazendo com que a tarefa se tornasse extremamente difícil. Sabendo-se que poucos eram os mantimentos levados pelos exploradores e que nenhum alimento poderia ser encontrado no interior da caverna, o risco de que morressem de inanição antes de serem resgatados era evidente.
Passados vinte dias do deslizamento que bloqueou a entrada da caverna, soube- se que os exploradores levaram consigo um rádio comunicador, possibilitando a troca de informações entre estes e a equipe de resgate. Na primeira comunicação a equipe foi questionada sobre o tempo previsto para que se concluísse a operação, dando- lhes como resposta o prazo de pelo menos dez dias desde que não ocorressem novos deslizamentos. A equipe médica que acompanhava o resgate também foi questionada pelos exploradores sobre a possibilidade de sobrevivência, em vista do prazo previsto de resgate e da falta de provisões, respondendo-lhes que seria uma remota possibilidade.
Após oito horas de silêncio dos exploradores a comunicação foi reestabelecida e estes pediram para falar novamente com a equipe médica, no qual Roger Whetmore, em nome dos exploradores, questionou sobre a possibilidade de eles sobreviverem utilizando