O brasil monarquico

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Nas linhas acima, vimos que o projeto inicial de Perret Gentil de organizar uma colônia de estrangeiros com base no sistema de parceria, não se concretizou, ao menos como seu congênere paulista. O cônsul suíço declarou mais de uma vez a opção pelo sistema empreendido pela família Vergueiro, como nos atesta seu opúsculo, que é quase um panegírico à iniciativa de Ibicaba. O livro panfletário “Le Brasil et sa colonization future” aponta no mesmo sentido, encontramos além das propostas de trabalho de parceria, as primeiras ofertas para concessão de terrenos em Superagui a imigrantes europeus. No correr da década de 1850, o empreendimento às margens da
Baía de Paranaguá não escapou do lugar comum das diversas colônias do sul do Brasil e de outros pontos do Império, de ser um empreendimento com vistas à venda e arrendamento de pequenos lotes de terra. No entanto, a colônia de Perret Gentil não conseguiu transformar seus colonos em proprietários legítimos de seus lotes, o método mais comum parece ter sido o aforamento dos terrenos em questão, com o pagamento de uma pequena taxa ao fundador do núcleo – o chamado “foro”. O sistema de parceria em sua integralidade nunca fora aplicado à península de Superagui, mas existiram outros vínculos entre os colonos e o proprietário da península, como a exclusividade deste para beneficiar o café e outros gêneros, bem como a preferência da venda dos produtos. Infelizmente, se houve algum tipo de corrupção no preparo e na venda dos artigos produzidos pelos colonos, tal como ocorrera nas colônias de São Paulo, não temos como afirmar por completa falta de fontes nesse sentido.
Outro assunto que permeou a constituição de Superagui em seus primeiros anos foi a questão do contingente que viria lhe constituir. Se, de início, o empreendimento de Perret Gentil foi apresentado enquanto uma colônia suíça, o mesmo não pode se dizer em períodos posteriores. Tanto as autoridades imperiais como províncias demonstravam certo

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