O Barroco

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
LINGUAGENS DA ARTE E REGIONALIDADES
PROFESSORA: ANGELA REGO
CURSO: LETRAS
ALUNO: LUCAS RODRIGUES DE SOUZA

PÉROLA IMPERFEITA
Literatura Barroca

Niterói
2012
INTRODUÇÃO
O tempo barroco denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos 1600 e início dos anos 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época.
Foi no movimento que surgiu de fat oo primeiro poeta brasileiro, Gregório de Matos, mas não pode dizer-se que sua poesia isolava-se do que era fabricado na colônia – mesmo que Gregório tivesse um sentimento nativista efetivamente brasileiro suas criações reproduziam o eco do que era criado em Portugal.
Todo o rebuscamento aflorado na arte barroca é reflexo do dilema, do conflito entre o terreno e o celestial, o homem e Deus (antropocentrismo e teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo renascentista, o material e o espiritual, que tanto atormenta o homem do século XVII. A arte assume, assim, uma tendência sensualista, caracterizada pela busca do detalhe num exagerado rebuscamento formal.
O trabalho tem por finalidade caracterizar o movimento de cunho dualístico, que visava antes de tudo reforçar a fé católica perante a Contra-Reforma que ocorria na Europa. Por meio dos apontamentos das obras de arte escolhidas o movimento será explicado e contextualizado em sua época e estilo.

OBRAS
Cabeça de Medusa – Caravaggio (1598)
A primeira palavra que a pintura de Caravaggio nos remete é feiura. Ao analisar atentamente vemos que a Medusa é feita de traços fortes e desarmônicos. O olhar assustado e a boca contorcida na hora de sua morte remete ao feísmo barroco. A cena representada é essencialmente trágica, grotesca.
A característica presente na pintura também faz-se presente nos poema de Gregório de Matos, exemplificado aqui em “A Cristo Senhor Nosso crucificado, estando o Poeta na