O banco nunca perde - pósadm fgv

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O banco nunca perde

Por Danilo Zanucoli Fernandes

Introdução

O presente estudo busca identificar e analisar as discrepâncias entre as taxas de juros pagas e recebidas por um consumidor quando ele atua, respectivamente, como tomador de empréstimo ou investidor.
Essa diferença é natural e esperada pois é com ela que as instituições financeiras suprem seus custos operacionais como mão-de-obra, manutenção de bancos de dados e sistemas bancários, além de cobrir eventuais inadimplências e obter lucro. O objetivo do estudo portanto é comparar essas taxas e compreender quando é ou não vantajoso recorrer a um financiamento bancário.

Justificativa

A discrepância entre o que as instituições financeiras pagam e cobram pelo dinheiro tomado ou oferecido ao mercado é inerente ao sistema financeiro. Dessa forma é importante que na hora de comprar um ativo o administrador esteja apto a enxergar e comparar essas discrepâncias, negociar com seu fornecedor eventuais descontos para pagamento à vista e taxas de juros mais baixas com o banco. Só então ele pode decidir se é melhor utilizar o financiamento ou esperar mais um pouco e comprar o ativo à vista, de acordo com as necessidades e prioridades da sua organização.

Desenvolvimento

Para ilustrar a situação de desequilíbrio exposta, compararemos as taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras para o financiamento de um veículo popular zero quilômetro e as taxas de juros que essas mesmas instituições remuneram a um investidor caso ele decida aplicar o valor do veículo pelo mesmo período.
As formas de financiamento mais comuns para veículos são o leasing e o CDC (crédito direto ao consumidor). O leasing tende a ter taxas de juros mais baixas pois nesta modalidade o veículo fica no nome da instituição financeira, arrendado ao comprador, enquanto no CDC o bem fica no nome do comprador alienado ao banco. Por outro lado o leasing exige prazos maiores (no mínimo 24 meses) enquanto o CDC pode ser feito em menos

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