O ato de ler

O ato de ler tem ganhado cada vez mais importância em um mundo onde há, constantemente, a necessidade de se interpretar e criar diferentes tipos de textos. Os mesmos são utilizados para todos os tipos de fins: desde a comunicação através de bilhetes, cartas, e-mails pessoais e corporativos, informação através de placas, bulas, teses etc. Muitos textos foram responsáveis por importantes mudanças e disseminação de ideias, inclusive. Porém, o tratamento dado a esta técnica, a leitura, nas escolas, ainda é insuficiente. O aluno é formado apenas para decodificar os sinais e extrair algumas ideias do texto lido, mas deveria também receber orientações para se tornar um leitor proficiente. Kuenzer (2002) afirma que “Leitura, escrita e fala não são tarefas escolares que se esgotam em si mesmas; que terminam com a nota bimestral. Leitura, escrita e fala – repetindo – são atividades sociais, entre sujeitos históricos, realizadas sob condições concretas”. Os conhecimentos sobre leitura, portanto, devem visar não apenas o ambiente escolar, mas também o social do leitor em formação. O auxílio dado ao leitor em formação deve se basear em ferramentas e mecanismos que o auxiliem nesta tarefa.
A leitura possibilita a formação do sujeito reflexivo e crítico, capaz de extrair das linhas e das entrelinhas o que lhe é útil para interrogar a si e ao mundo e, também, compreender tais questões. Incentivar a leitura deveria ser um investimento realizado pelas famílias, escolas e governo como intenção formar indivíduos mais conscientes e dotados de senso crítico.
Sabe-se que a leitura não se dá pelo acesso ao texto apenas. Ler exige-nos paciência para decodificar, perceber e respeitar o tempo, identificar as características etc. O receptor possui grande influência na leitura. Ler dá trabalho. Mas também é prazeroso.
A cada interação entre o leitor e o texto reserva-se uma finalidade, a qual se chegará através de um processo e da utilização dos conhecimentos de mundo e dos fornecidos