O Aquecimento Global N O O Vil O Da Crise H Drica De S O Paulo

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Para o meteorologista Augusto José Pereira Filho, professor da USP, a falta de nuvens é a explicação para a seca que atinge o Sudeste. Nesta entrevista, ele afirma que o fenômeno é causado por fatores como a era geológica em que vivemos e o movimento atmosférico natural do planeta. A próxima estiagem, diz ele, já tem data para ocorrer: entre 2019 e 2024
O meteorologista Augusto José Pereira Filho (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
A crise hídrica que afeta o Sudeste levou a uma busca por explicações para a ausência das chuvas. A hipótese mais forte, segundo meteorologistas e ativistas, é que o aquecimento global seja a razão por trás do calor e seca sem precedentes. O planeta estaria sofrendo as consequências das emissões do CO2 causadas pelo homem: temperaturas extremas, desequilíbrio ambiental, falta d’água. Na última quinta-feira, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) alertou que a estiagem e a crise hídrica de vários países, provocadas pelas mudanças climáticas, pode levar a conflitos entre as nações. Para Augusto José Pereira Filho, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo e um dos maiores especialistas do Brasil em recursos hídricos e previsões climáticas, a explicação é outra.
Com sua experiência de meteorologista com títulos e qualificações em instituições como a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), Pereira Filho desmente as relações entre a estiagem que vivemos e o desmatamento da Amazônia ou o acúmulo de CO₂. Em seu gabinete da universidade, rodeado por dados de radares, satélites e dados dos milímetros de chuva que caem na região metropolitana de São Paulo, prevê com a precisão que a ciência atual é capaz de oferecer que essa crise se tornará rotina: a próxima deve atingir o Sudeste entre 2019 e 2024.
“Esse fenômeno é causado por fatores como a era geológica em que vivemos e o movimento atmosférico

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