O Antigo Regime e a Revolução

RESENHA

TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e a Revolução; Org: J.P.Mayer; Trad. Rosemary Costhek Abílio. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

Ary Albuquerque Cavalcanti Junior
(Graduado em História – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB) [e-mail] Obra cuja primeira edição fora lançada em 1856, “O Antigo Regime e a Revolução”, representa um dos primeiros estudos de Alexis de Tocqueville sobre a Revolução Francesa. Nascido em Paris no ano de 1805, fora estudante de Direito, de Medicina e Parlamentar, chegando a estudar nos Estados Unidos em 1831, onde escreveu umas de suas obras mais conhecidas, “A Democracia na América” em 1835.
O Antigo Regime e a Revolução é uma obra dividida em três livros dispostos em seus respectivos números de capítulos, no qual Tocqueville traz a luz uma série de fatores que são atribuídos á Revolução Francesa, mas que já ocorriam no período que a antecedeu, o Antigo Regime, bem como procura fazer reflexões e discussões acerca do campo político dessa Revolução. Segundo ele, de certa forma a Europa se preparou para a Revolução Francesa. E ao analisar uma infinidade de cadernos da época, percebeu que o povo estava apreensivo com a Revolução, algo que as classes médias e altas não levavam tão a sério.
Já no que diz respeito aos “ataques” à religiosidade, estes foram muito mais pelo poder político do que pelo fator ideológico. Sendo algo que Tocqueville compara as Revoltas Religiosas, uma vez que em ambas os “cidadãos” lutaram mais por ideias do que por territórios. Porém, é de atribuir que a Revolução Francesa tivera muito mais um caráter social e político do que o das Revoltas Religiosas.
Por conseguinte, Tocqueville atribui a idéia que a Revolução Francesa, não fora algo tão inovador como se supõe, mas a França se apresenta como o grande estopim da Europa. Uma vez que no final do século XVIII, alguns países haviam posto fim a servidão, mas na França, os camponeses tiveram a