O aborto

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Depois de apresentarmos as diferentes perspectivas (jurídica, científica, religiosa e vitimária) sobre esta problemática, prosseguiremos com a parte filosófica do trabalho, tentando definir a nossa própria opinião e fundamentando-a devidamente.
Enquanto elaborávamos o nosso trabalho apercebemo-nos do quão sensível é este tema, e da dificuldade de adoptar uma posição bem definida. Sim, descobrimos que não concordávamos plenamente com nenhuma das posições pré-definidas.
Um dos principais argumentos pró-escolha é que o aborto, sendo despenalizado, proporcionaria às mulheres melhores condições para a sua prática, diminuindo desta forma a taxa de mortalidade a ela associada, pois assim, não só as mulheres mais abastadas, que podem pagar deslocações ao estrangeiro e clínicas privadas, também as menos favorecidas economicamente poderiam abortar em segurança. Consideramos que este argumento não pode ser considerado válido uma vez que assim, por exemplo, o tráfico de droga também poderia ser legalizado, diminuindo desse modo os homicídios resultantes da sua prática e alargando o acesso à droga aos mais pobres, que não podem encomendá-la ou deslocar-se a países em que é legal o seu consumo. Assim, o argumento “as pessoas fazem-no na mesma” não pode ser justificação para a despenalização do aborto.
Analisando outro argumento pró-escolha, o de que o corpo é propriedade da mulher e, por isso, só a ela cabe a decisão de praticar o aborto ou não, podemos facilmente verificar que este é outro dos argumentos inválidos visto que, considerando o feto parte do corpo da mulher, o aborto seria então permitido até ao nono mês de gravidez. Assim, seria necessário explicar por que é que o infanticídio não poderia também ser legalizado ou a partir de quando é que o feto tem realmente direito à vida. Além disso, por essa ordem de ideias, até a prostituição poderia ser legalizada uma vez que “o corpo é das mulheres, elas é que sabem”. Também já se pôde verificar neste trabalho que o aborto

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