O ABORTO NA ADOLESC NCIA E A ATUA O DO ENFERMEIRO DA ESF

O ABORTO NA ADOLESCÊNCIA E A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DA ESF Raquel Castro Santana1

A falta de informação e o desinteresse dos adolescentes acabam por levar à relações sexuais precoces e sem qualquer tipo de método de contracepção. Por este motivo, o número de adolescentes grávidas está cada vez mais elevado o que vem provocando graves problemas físicos, psicológicos e emocionais entre elas (CORREIA et al., 2009).
O aborto induzido ou provocado se torna, então, como uma forma de solucionar o “problema” existente. O aborto é a “interrupção da gravidez até 22 semanas ou, se a idade gestacional for desconhecida, com o produto da concepção pesando menos de 500 gramas ou medindo menos de 16 cm” (BRASIL, 2001, p. 147). A cada ano, ocorrem cerca de 46 milhões de abortamentos induzidos ou provocados a nível mundial (ALAN GUTTMACHER INSTITUTE, 1999 apud BRASIL, 2008b).
Deste total de mulheres muitas delas são compostas por adolescentes que, por falta de orientação, induzem sozinhas ou com a ajuda de terceiros o aborto. Em função disso, o enfermeiro que atua na Estratégia de Saúde da Família (ESF) entra neste contexto como educador, pois por estar mais próximo ao adolescente, consegue criar com mais facilidade medidas que promovam a saúde deste grupo e dessa forma evitar que ocorram gravidezes indesejadas e como consequências destas, abortos provocados.
A ESF foi criada em 1994 pelo Ministério da Saúde como uma forma de reorganização da Atenção Primária à Saúde no Brasil e suas equipes são compostas basicamente, por agentes comunitários de saúde, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam em ações de promoção e prevenção da saúde da comunidade (COSTA et al., 2009).
Para que o enfermeiro consiga se aproximar das adolescentes grávidas e dos demais grupos de adolescentes para orientação sobre contracepção, ele precisa de treinamento adequado para acolher e aconselhar de forma correta o jovem que procura nas consultas de enfermagem ajuda para tirar suas