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Mênon As ideias de Sócrates foram escritas por seu dicípulo Platão, o qual difundiu suas próprias concepções por meio, também, das ideias socráticas, fazendo com que, em certos momentos, confundamos as afirmações de ambos filósofos por estarem fundidas nos textos e diálogos platônicos. No diálogo Mênon, Sócrates demonstra sua crença na imortalidade da alma, afirmando que o conhecimento e o saber já estão em nós. Sendo assim, as verdades já são conhecidas pelo homem, ele só precisa rememorá-las e, para isso, ele usa seu método mais conhecido: a Maiêutica. Ele consiste na formulação de interrogações como forma de promover no ser a dúvida e o raciocínio, provando que o conhecimento já está em cada um. Nesse contexto, Sócrates transforma a filosofia em algo para se examinar a si mesmo, colocando o ser e seus interesses no centro das pesquisas filosóficas. Tem-se, então, o antropocentrismo, o que se contrapôs aos estudos sofísticos, visto que antes o cosmos era o foco das análises dos filósofos. Para ele, também, existiriam três ordenações do diálogo para que o saber seja alcançado, sendo elas: inicias (juventude), intermediárias (maturidade, na qual Mênon se encontraria) e finais (velhice). Assim, Mênon tenta ir além da aporia sobre a definição de virtude, introduzindo uma nova aporia sobre a possibilidade da aquisição do conhecimento. Virtude para Sócrates “O que é a virtude?” para responder a esta questão, Sócrates afirma “quem não sabe o que uma coisa é, como poderia saber que tipo de coisa ela é?” enquanto Menon primeiramente afirma “a virtude é, para cada um de nós, com relação ao trabalho, conforme cada ação e cada idade, e da mesma forma, creio, Sócrates, tamém o vício.” “A unidade da definição deve respeitar a multiplicidade do definido” afirmava o precursor da antropologia, assim inicia-se o diálogo como forma de levar seu novo aprendiz ao conhecimento. A essência do homem estaria na sua alma, segundo o pai da