m.marchador fêmeas

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VEIAS FEMININAS DA RAÇA MANGALARGA MARCHADOR

I) INTRODUÇÃO

MATRIZES PILARES, A FÔRMA DE UMA RAÇA

Há mais de 300 anos, precisamente a 4 de agosto de 1655, a Real Corte Portuguesa baixava lei ‘proibindo o uso de éguas fantis para montaria, sob pena de perdê-las quem as mantivesse em estrebarias, pois as éguas eram para dar crias e aumentar a população cavalar do país’.

De há muito já se admitia, como fator básico para continuidade da criação, a rigorosa seleção de éguas matrizes. Se, como narra a lenda da criação do cavalo Árabe, Alá doutrinou ao Profeta Maomé o modo de proceder à escolha de suas primeiras fêmeas, então nada mais cristalino do que constatar que a razão de existir, hoje, uma raça, definida e estabelecida, de nome Mangalarga Marchador, se deve à perseverança e à sabedoria dos formadores de famílias de cavalos, baseados em algumas de suas expoentes matrizes.

II) LINHAGENS E VEIAS MATERNAS

A HABILIDADE DE UMA RAÇA

ABAÍBA

Três núcleos constituíram a base genética das matrizes Abaíba, entre eles, as éguas famosas da Fazenda do Angahy.

"(...) Erico Ribeiro Junqueira desenvolveu sua tropa procurando aperfeiçoar os aspectos de caracterização racial e morfológica que mais lhe agradavam. Já naquela época, havia em Leopoldina um eminente médico, o Dr. Custódio Monteiro Ribeiro Junqueira, primo de Erico, que, em suas freqüentes viagens para atender à vasta clientela, utilizava para sua sela éguas que, preferencialmente, mandava trazer da Fazenda do Angahy, no Sul de Minas, visto que sua esposa era sobrinha do coronel Christiano dos Reis Meirelles. Essas éguas eram conhecidas e famosas na região pelo seu andar cômodo. Quando adquiriu um automóvel, o médico entregou a Erico este excelente lote para criar à meia.

Três núcleos, portanto, constituíram a base genética de fêmeas do rebanho da Abaíba:

a) o lote antigo, herdado de seu pai, Antônio, e formado por Lola, Pola Negri, Aliança,

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