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Contextualização
Em 1970 registaram-se três factores aparentemente isolados uns dos outros, mas que no conjunto orientariam o decurso da guerra no sentido conhecido por todos
Primeiro foi a tomada de posse do General Kaulza de Arriaga como comandante-chefe em Março, de quem ou com quem surgiu a ideia da operação “Nó Górdio”.
Segundo, foi a nomeação de Samora Machel durante a sessão do comité central da Frelimo, realizado de 9 a 14 de Maio, o que veio a trazer uma nova dinâmica na organização, particularmente no que respeita a actividade militar em função da operação “Nó Górdio” e do provável estrangulamento do movimento dos guerrilheiros previstos com a construção do empreendimento HCB.1
Estes dois acontecimentos influenciaram o decurso da guerra nos anos subsequentes e determinaram praticamente o seu final.

Objectivos versus estratégia da operação “Nó Górdio”
Inicialmente apontadas para as bases Ngungunhana, Moçambique e Nampula que para o efeito, foram denominadas alvo alfa, bravo e Charlie respectivamente, todas elas localizadas em cabo delgado, a operação “Nó Górdio” consistiria em cercar a zona, guarnece-la e assaltar as bases.
A estratégia de Kaulza de Arriaga a implementar na operação “Nó Górdio” seria de fazer a guerra à maneira dos americanos, com o search and destroy”. Entre as suas medidas constaram as seguintes:
Envolvimento da sociedade civil no esforço militar que passava pela organização de milícias civis, pela utilização militar da aviação civil, dos transportes públicos, dos hospitais, entre outros;
Reforço da instalação de aldeamentos estratégicos que visavam impedir o contacto dos guerrilheiros da FRELIMO com as populações locais;
Africanização das Forças Armadas e criação de pequenas unidades militares, constituídas essencialmente por africanos.
Criação de Comandos e Grupos Especiais (GE’s), viriam a ser criados em 1971, eram dotados de grande autonomia e flexibilidade.2
As acções militares deveriam ser conjugadas com intensa

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