CAMPESINATO E POSSE DA TERRA

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CAMPESINATO E POSSE DA TERRA

(Jessica) Estudos realizados em muitos desses gregos sugerem a existência do que se pode chamar de matriz camponesa.
Tomando de empréstimo um lema do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em contexto análogo,a matriz camponesa remete também a noção de que a “terra de DEUSé para os homens que nela trabalham”.
Até a segunda metade do século XIX,por exemplo, nos espaços ocupados pela pequena produção familiar em áreas de terras devolutas,bens como nas chamadas “brechas camponesas” em meio ao sistema da plantação canavieira,da cafeicultura ou da produção extensiva de gado,vigoraram,além de campesinato parcelar,várias formas de apropriação comunal da terra.
Segundo os códigos consuetudinários locais,o acesso a terra é viabilizado aos “de dentro”,com base em critérios de parentesco (laços de descendência reconhecidos pela comunidade e regras de casamentoendogâmico) e em decorrência do trabalho nela investido seja pela pessoa como membro familiar,seja por gerações anteriores. Os que não pertencem à comunidade,ter acesso às terras por meio do casamento com alguém “de dentro” ou de compadrio, todavia seus direitos jamais valerão aos direitos dos “de dentro”.
Importa ressaltar que,nas comunidades camponesas tradicionais, a plenitude de direitos e deveres,ou seja,a condição de maioridade plena,não corresponde a uma determinada idade,só é alcançada após sua união,por casamento,de filhos,quando o homem e a mulher se tornam pai e mãe de família.
O cálculo da quantidade de terras e dos demais recursos repassados, a cada um dos filhos e filhas de uma determinada geração, se baseia no que se pode definir como “memória produtiva de grupo”,o resultado do trabalho das famílias em gerações anteriores.
Tais resultados se expressam seja sob a forma de roças e a áreas de uso comum,como pastagem fontes de água,mata ecapoeiras. Essa transmissão é fundamental para a realização do trabalho conforme o domínio de cada gênero;no caso do filho

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