A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo
WEBER, Max A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo Editora Martin Claret, 2006.
A ética protestante e o espírito do capitalismo. De Max Weber, um economista e sociólogo alemão. Escrito entre 1904 e 1905 como uma série de ensaios foram, mais tarde em 1920 ano de sua morte, complementados pelo autor e publicados em um livro, no qual ele investiga as razões do capitalismo se haver desenvolvido inicialmente em países como a Inglaterra ou a Alemanha, concluindo que isso se deve aos hábitos de vida instigados pelo protestantismo.
O autor questiona a estatística ocupacional de país de composição religiosa mista, onde os meios de administração do capital encontram-se no comando quase exclusivo de indivíduos adeptos do protestantismo. Procurando obter respostas, Weber constrói um painel histórico-comparativo entre as especificidades do protestantismo, bem como do catolicismo, Weber extrai, então, o campo argumentativo que visa comprovar a burocracia religiosa como uma das principais determinantes na formação e na estruturação históricas do sistema capitalista. O primeiro fenômeno analisado está relacionado ao princípio de que os protestantes, com o objetivo em atingir elevadas posições no interior da estratificação social capitalista, necessitaram de certa posse prévia de capital estreitamente vinculada ao desenvolvimento de uma rigorosa formação educacional. Assim, alegando que o fator econômico estimula a autoridade no plano individual, foi possível ao Calvinismo, por ocasião do seu surgimento, transpor ao nível da ideologia de massas as novas leis econômicas e as novas relações sociais que provinham do poder da ascendente classe burguesa.
A burguesia cria o próprio "fiscal ideológico", para, assim, garantir, mediante a educação, a mão de obra qualificada e a manutenção do capital acumulado. Ademais, elevadas parcelas do referido capital são empregadas numa dispendiosa educação, voltada, exclusivamente, para a manutenção da