A visão realista
A sua tese considera que a política externa de todos os países, mas muito em especial a dos mais fortes, é motivada por uma luta pelo poder, e que esses países estarão sempre disponíveis para utilizar a força, com o objectivo de alterar a balança dos poderes no sistema internacional, quando isso lhe trouxer vantagens ou utilidade, em sentido amplo, isto é, quando o peso dessas vantagens ou utilidades fôr superior aos custos decorrentes das acções relacionadas com o emprego da força. Este princípio aplicar-se-à a quem tenha as capacidades para entrar nesse jogo. A balança do poder é entendida neste contexto, segundo a nossa interpretação, como a vontade de poder e não como o arranjo dos poderes com o sentido de inibir os mais fortes, necessariamente desejosos de ampliar o seu domínio. Neste sentido, todos os Estados procuram as oportunidades que se lhes oferecem para alterar a distribuição do poder mundial, ou regional ou mesmo local, a seu favor, de acordo com a percepção das suas próprias capacidades e das