A visão realista da segurança alimentar internacional

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A visão realista da segurança alimentar internacional

Há cinco premissas básicas que caracterizam o sistema internacional sob a perspectiva do pensamento realista, a dizer Estado, e seu caráter de ator central das relações internacionais; a anarquia, que diz respeito à impossibilidade de estabelecer um poder legítimo e soberano plano internacional; a sobrevivência (relativa à sobrevivência do Estado no cenário internacional), tido como interesse nacional supremo ao qual se submetem todos os demais; o poder, como a soma das capacidades do Estado ou como uma relação com os Estados com os quais compete; e a autoajuda, como obrigação do Estado, e somente dele, de lutar por sua sobrevivência.
A permanência do Estado no âmbito internacional está estritamente correlacionada à ideia de segurança nacional, dentro da qual se dará ênfase, a seguir, à questão da segurança alimentar. A segurança alimentar, vista em termos de importância estratégica, ganha corpo pós 1ª Guerra Mundial, fortalecendo a ideia da formação de estoques, bem como a de que a soberania de um país poderia estar associada ao seu auto-suprimento de alimentos. Dessa forma, ao se considerar a ordem internacional, é inevitável que as questões de segurança alimentar sejam incorporadas à ideia de soberania alimentar.
Dentro dessa perspectiva, a produção doméstica de alimentos adquire peculiar importância na manutenção da segurança, quer em termos globais quer nacionais. No âmbito nacional, ela desempenha a função de manter a estabilidade política e social domésticas, isto é, dentro dos limites territoriais do Estado; no cenário internacional, diminui a sua vulnerabilidade e dependência alimentícias, o que constitui um fator de preservação do Estado como ator nas relações internacionais, resultando por sua vez em um aumento de poder (tanto em relação às suas capacidades inerentes, como em comparação com os demais Estados).
A anarquia do sistema internacional como conceito primordial dentro da corrente

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